24 nov História da Maria Isabel
É difícil, é difícil você ver famílias felizes, mulheres grávidas, natal com crianças e você aguardando a sua vez. Parece que não chega, parece que você foi escolhida para ser aquela que não dará um lindo testemunho sobre “o dia mais feliz do mundo, dia que seu bebê nasceu”.
Comigo não foi diferente, foi uma espera de séculos (digo séculos pq não parecem anos, parecem séculos). Sou portadora de uma terrível endometriose. Cada menstruação dolorosa, doía não só fisicamente, doía na alma pq eu sabia: Mais um mês sem meu neném.
Mas eu disse, difícil, não impossível. Um belo dia eu decidi fazer mais por mim. Sim, eu mereço! Procurei a Clínica com meu último suspiro de esperança e fui acolhida de uma forma que toda tristeza virou esperança.
Ok! Vamos, lá , eu mereço!!! Foram dezenas de agulhadas, ultras, mais agulhas. Vamos de transferência. Chegou o grande dia!!!!!!! Que felicidade!!! Mas veio um negativo.
Aqui estou eu, novamente desacreditada. Triste… Mas peraí, eu mereço! Vamos de novo? E lá estavam vocês, me mostrando que iríamos tentar de novo. Que ainda tinha motivos pra acreditar que iria dar certo.
E vamos lá… Ultras, ultras… Chegou o dia!!!! Vamos transferir!!!!
Medo, incerteza, pavor em fazer um beta e ter negativo… massssss, fiz. Opa! Que isso? Que número alto é esse??Dr. Rodolfo Salvato… Olha isso!!!!
“Parabéns, você conseguiu! Esta grávida!” – disse ele.
E aqui temos: Maria Izabel! Prazer, meu testemunho, o meu “eu mereço”, minha vida. Obrigada a todos, a clínica não me deu um tratamento, a clínica me deu um motivo para viver… Não desistam! Vocês vão conseguir. E se vier um negativo; tudo bem! Faz parte do trajeto, mas tente de novo, tente de novo e de novo. Mas não desistam!
Carla Cristina, mãe da Maria Izabel